O que te move?

Qual é a sua motivação? Quais causas você defende? Você luta por questões individuais ou coletivas?

É muito comum o entendimento de que a geração de jovens que aí está não possui nenhum tipo de engajamento social e político, caracterizando-se como uma geração de alienados. Tal generalização é injusta, embora seja claro que não podemos comparar a mobilização de jovens brasileiros na atualidade com movimentos semelhantes realizados por jovens na época da ditadura militar (entre as décadas de 60 e 70).

Embora tenhamos um aparato tecnológico (globalização, internet, meios de comunicação em geral) que favoreça o ecoar de nossas vozes, ainda não sabemos exatamente como articular de forma organizada nossa luta pelas causas que deveríamos defender.

E boas causas não nos faltam: Temos um cenário político de corrupção, que assalta descaradamente nossos cofres públicos e que afeta seriamente setores como educação, saúde, infraestrutura e segurança. São escassos os programas de apoio à juventude, que possibilitem ingresso ao mercado de trabalho com igualdade de oportunidades. Na maioria das localidades brasileiras não existem políticas consistentes de esporte e lazer que desviem nossos jovens do caminho das drogas e da marginalidade, essas são apenas algumas, entre tantas outras causas a serem defendidas.

Sabemos que a juventude tem um imenso potencial de contestação, indignação e grande capacidade de transformação. Precisamos de novas visões, de pessoas abertas às novas alternativas, antenadas com o mundo e com as transformações sociais que vivemos.

O exercício da democracia exige disposição para o embate de ideias e discussão dos assuntos que dizem respeito à nossa vida em sociedade. Não podemos nunca esquecer que o desenvolvimento de uma nação depende da organização de seu povo na defesa de questões coletivas. Precisamos pensar menos individualmente e mais coletivamente, conscientes de que juntos somos mais fortes.

Nós jovens temos em nossas mãos uma grande missão, não nos dispersemos!

Lu Bacheschi, Jornalista




Bom Conselho
Chico Buarque

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade