Diário da União Municipal dos Estudantes de Praia Grande

terça-feira, 16 de outubro de 2012

OS CAMINHOS QUE LEVAM A UMA REALIZAÇÃO PESSOAL

Incentivar o ciclo turismo, descobrir novas rotas, conhecer e se conhecer. Essa é parte da história contada hoje, pelo norte americano, Benjamin de 57 anos, que vive a mais de trinta anos no Brasil, durante uma pausa provocada para a 'entrevista', próximo a Vila Caiçara, em um local que não poderia ser mais apropriado que é a ciclovia da avenida Presidente Kennedy.
Pastor da congregação Metodista que desenvolve trabalhos com as Missões Despertar, morador da cidade de Teresópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro, casado e pai de dois filhos, está no meio de uma aventura de cerca de 2.400 quilômetros  que vai da sua cidade no Rio de Janeiro até a cidade de Assunção no Paraguay, levando na bagagem além dos equipamentos que pesam cerca de 38 quilos, que vão desde os materiais de necessidades básicas, como barraca, GPS, ferramentas, até as aspirações pessoais e coletivas que uma aventura como essa pode proporcionar.
Com uma preparação de cerca de três meses e incentivado por um casal que fez parte do trecho que ele pretende percorrer, onde através das imagens postadas na internet, ele partiu com a experiência de quem já vivenciou outras aventuras em cima de uma bike, como por exemplo, no trajeto pela Europa que vai da cidade de Praga a Viena, entre outras pelos Estados Unidos e pelo Brasil.
Acostumado a rodar distâncias que vão de 200 até 1.200 Km, encara pela primeira vez uma viagem que o levará a percorrer cerca de 2.400 km até seu destino na cidade paraguaia.
Com um trajeto denominado Laga Mar, até o momento da entrevista, ele já tinha percorrido todo o percurso pela Rodovia Rio - Santos e pretendia passar por Ilha do Cardoso e fazer o roteiro até quando houvesse condições de seguir em beira mar.
Benjamin pretende incentivar com que outros ciclo turistas realizem aventura semelhante e destaca que a modalidade está em expansão no país. "Nosso país tem uma natureza exuberante e precisamos incentivar esse tipo de turismo que conscientiza sobre a preservação e coloca o praticante em situações que ele não encontra utilizando outro meio para percorrer longas distâncias", é o que afirma o viajante, e ainda completa: " As pessoas tem uma vida que por muitas vezes não conseguem sair de seu próprio mundo e vivenciar outras situações e uma viagem como essa, faz você 'pensar fora do quadro', é uma espécie de terapia".
Entre as vivências e pensamentos convictos, adquirido em seus anos de vida, Benjamin deixa algumas considerações sobre o mundo globalizado que vivemos hoje, como quando utiliza uma frase: " O mais fácil é fazer do que ser, porém, é no ser que existe a atração", e completa sua fala afirmando que, " Estamos vivendo em uma época que as pessoas estão mais ligada em ter algo, muito mais do que ser alguém, e isso mostra que quanto mais recursos e condições financeiras tem o individuo, mais ele se distância do verdadeiro sentido da vida que é a fraternidade e o amor ao próximo".