Política é assunto sério (ou deveria ser) pois é uma das ferramentas de transformação do homem e da sociedade em que ele vive. Assunto sério, mas polêmico, tão polêmico que provoca paixões exaltadas e, por vezes, brigas.
Um dos fatores que determinam tamanha confusão e discussão,
desde o século XVIII, é a explicação por trás das palavras que formam o título
desse texto: direita – esquerda.
Você sabe o que é esquerda ou direita, você sabe também se é
canhoto ou destro, mas você sabe, em política, o que significam tais palavras?
Quando estudamos a “Revolução Francesa” nas aulas de
história, temos ali marcada a época em que surgiu essa ideia. Mas surgiu
porque, e para quê?
A França naquela época (século XVIII) enfrentava problemas
econômicos sérios, o rei já não sabia mais o que fazer para contornar a situação
complicada em que o país estava. A injustiça social era imensa, a pequena
nobreza vivia com muito e a imensa maioria da população de trabalhadores vivia
com muito pouco. Parecido, em algum grau, com nossos dias atuais, não é?
Isso, é claro, gerou descontentamento na população daquele
país...
A política do país era composta por três grupos, formados de
um lado pelos nobres de todo tipo e membros ligados a igreja e, do outro lado,
existia o chamado “terceiro estado”, composto por todo o restante da população:
trabalhadores em geral, pequenos comerciantes, etc.
O terceiro estado criou a chamada “Assembleia Nacional
Constituinte” para limitar os poderes do rei e modificar a situação social do
país. O rei inseriu dentro dessa assembleia os membros de seu governo, nobres e
religiosos...ali nascia o conceito político de esquerda e direita.
Nas reuniões dessa assembleia, os “membros do rei”
sentavam-se no lado direito, já os componentes do terceiro estado sentavam-se
na esquerda.
Os da direita, satisfeitos com sua posição de comando e
riqueza, queriam a manutenção dessa situação, com pouquíssimas modificações. Os
da esquerda, revoltados com a concentração de riqueza em poucas mãos e grande
injustiça social, eram os mais indignados e furiosos.
Vem daí o conceito que até hoje é difundido pelo mundo. No
Brasil não é diferente. Historicamente temos partidos políticos ligados a um
desses dois lados, desde a época da ditadura.
Porém, com a modernidade, esse conceito vem se perdendo.
Percebeu-se que apenas duas palavras não simbolizam mais todos os conceitos
políticos que atualmente existem. Se você se considera um radical, descontente
com a situação econômica e social do país, você pode automaticamente ser
considerado um cidadão de esquerda?
E se você não está satisfeito, mas também não concorda com
medidas radicais para mudar a situação, prefere negociar e debater sobre o que
tem que ser mudado, você é um cidadão de direita?
Esses dois conceitos estão desaparecendo aos poucos
justamente por isso, eles não conseguem mais representar as ideias de uma
sociedade tão complexa como é a nossa. Partidos políticos de esquerda já
viraram aliados de alguns da direita. Exemplo é o caso do presidente Lula,
membro histórico da esquerda brasileira, se aliar e pedir apoio ao Maluf, um
dos maiores representantes da direita nacional.
Por isso hoje, e cada vez mais, o que valerá na política não
será mais apenas a “simples” definição de esquerda e direita, ela não explica
mais quase nada. O que valerá, de verdade, é a disposição para o trabalho
daqueles homens e daqueles partidos políticos que querem melhorar a sociedade,
pois um conceito histórico vindo de mais de 200 anos atrás não pode mais
representar a sociedade moderna, tão cheia de opiniões e visões sobre cada
assunto.
A sopa de letras não interessa mais. A política sim, essa continua sendo a chave para o futuro, para o bem ou para o mal..
Por: Thiago Bacheschi (Diretor de Relações Institucionais)
A sopa de letras não interessa mais. A política sim, essa continua sendo a chave para o futuro, para o bem ou para o mal..
Por: Thiago Bacheschi (Diretor de Relações Institucionais)
MTO BOM O TEXTO!! PARABENS AO AUTOR, CONTINUE ESCREVENDO!
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